A desfaçatez não tem limites.
Numa entrevista com o impronunciável ministro da Educação, o amigo de Alexandre Frota, Mendonça Filho, a jornalista Miriam Leitã soltou uma “pérola” que mostra o que essa gente pensa do professor.
Ela defendeu “a tese” de que professor “não deveria se aposentar”, com o argumento de que “o tempo ajuda” ele a ficar mais sábio…
Essa senhora conhece alguma coisa do magistério?
Sabe o que é dar 40 horas de aula por semana até a voz sumir ou a garganta adoecer?
Está pensando na escola “risonha e franca” com os meninos e meninas levando maçã para os professores?
Tem ideia do que uma geração deseducada pela emissora à qual ela serve fez e faz ás crianças e aos adolescentes?
Sobretudo, não considera os professores e professoras seres humanos e trabalhadores como os demais,com o direito a um mínimo de segurança, com aposentadorias modestas, a descansar da correria de dois empregos, em geral, quando não têm regime de dedicação exclusiva.
Dois, quando não três.
Meu pai, professor, tinha dois tons de voz. O falar alto, do hábito que adquiria em oito, dez aulas diárias e o mudo, quando a voz, esgotada, sumia.
Ainda bem que Miriam não é professora e, portanto, na tese dela, pode se aposentar. Porque, ao contrário do que diz dos mestres, está ficando pior com o tempo.
Assista:
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