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sábado, 1 de outubro de 2016

Mais de 6,5 milhões devem votar em Pernambuco; clima não é de otimismo


Publicado em 01/10/2016 , às 18 h45
Expectativa é que mais de 6,5 milhões de eleitores votem em Pernambuco / Foto: Renato Spencer/Acervo JC Imagem
Expectativa é que mais de 6,5 milhões de eleitores votem em PernambucoFoto: Renato Spencer/Acervo JC Imagem

Neste domingo (2), a expectativa é que 6.509.982 de eleitores votem em Pernambuco no primeiro turno das eleições municipais de 2016. Mas o clima é de pessimismo. Diante dos acontecimentos dos últimos meses no cenário econômico e político nacional, muitos eleitores se sentem descrentes e pessimistas para escolher seus representantes políticos. 
De acordo com a última pesquisa do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), em parceria com o Jornal do Commercio, 15,1% dos entrevistados declararam votar branco ou nulo e 9,6% ainda não sabem em quem vão votar.
A universitária Juliana Melo, 19 anos, vai votar pela primeira vez. Ela, que é estudante de Engenharia de Produção, conta que já escolheu o candidato a vereador, mas ainda tem dúvida em que vai votar para prefeito no Recife. 
“Não sinto que tenha um que represente bem a gente ainda”, diz. Ao escolher para quem vai dar seu voto, ela acredita que precisa conhecer as prioridades do político. “Acho que pensar no povo e principalmente naqueles que mais precisam. A questão da saúde, dos hospitais públicos, UPAs… A segurança também, o Recife hoje está precisando muito disso”, comenta.
A idosa Dóris Albuquerque, 86 anos, faz questão de ainda votar - mesmo não sendo mais obrigatório. “Gosto sempre de prestar atenção nas propostas dos candidatos. Às vezes a gente erra [na escolha], mas faz parte”, diz.
Para o cientista político Thales Castro, professor da Universidade Católica de Pernambuco, o cenário político atual reflete a frustração dos eleitores em votar. 
“Essa quantidade de votos nulos, brancos e inválidos, o que representa quase ⅕ do eleitorado, é uma radiografia muito gritante e preocupante da apatia do eleitor médio. Num momento político complicado, em que a política deveria uma ferramenta muito importante para ganhos sociais, vemos a velha política agindo e sendo refletida na apatia da população, que acaba fazendo um voto irresponsável”, opina Thales.

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