Translate

terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

MILHARES GRITAM “FORA TEMER” NO CARNAVAL DO RECIFE

Março promete emoções fortes para Temer



O mês decisivo para o governo de Michel Temer começa nesta Quarta-Feira de Cinzas. Em março, virá o que o procurador Carlos Fernando Lima, integrante da força-tarefa da Lava Jato, definiu como um tsunami na política brasileira, com a abertura das delações da Odebrecht, a maior das empreiteiras brasileiras, que praticamente sequestrou todo o sistema político, colocando-o a serviço de sua própria agenda empresarial.
Sabe-se, desde já, que políticos de todas as cores estão delatados. Mas o ônus maior é sempre de quem está no poder. Temer faz parte da lista da empreiteira, assim como pelo menos seis de seus ministros: Eliseu Padilha, da Casa Civil, Moreira Franco, da Secretaria-Geral, José Serra, do Itamaraty, Bruno Araújo, das Cidades, Marcos Pereira, do Desenvolvimento, e Gilberto Kassab da Ciência e Tecnologia.
A regra anunciada por Temer prevê que apenas ministros denunciados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, serão afastados – o que não deve acontecer imediatamente. A tendência é que Janot peça a abertura de inquéritos ao Supremo Tribunal Federal e o ritmo dessas investigações será ditado pelo ministro Edson Fachin, revisor da Lava Jato na corte. Ainda assim, o estrago na imagem do governo tende a ser forte, num momento em que também serão votadas reformas importantes, como a da Previdência.
Em paralelo, o governo também terá que enfrentar uma onda de mobilizações em março. Na quarta-feira 8, Dia Internacional da Mulher, estão previstas manifestações em todo o País, que serão marcadas por pautas feministas, mas que também terão o "Fora Temer" como um elemento unificador. Uma semana depois, no dia 15, a Central Única dos Trabalhadores promete uma greve geral. E a Força Sindical, do deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), que integra a base de Temer, também organiza protestos contra a reforma da previdência.
Se isso não bastasse, o ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral, decidiu ouvir todos os delatores que citam Dilma e Temer na ação em que cogita propor a cassação da chapa Dilma-Temer. Um deles será Marcelo Odebrecht e tudo indica que ele e outros executivos da empreiteira apontarão que doações da empreiteira ao consórcio PT-PMDB tiveram contrapartidas em contratos federais – o que levará o relator a propor a cassação da chapa.
Março será o mês decisivo para saber se a “pinguela" cairá ou se chegará até 2018. Se Temer conseguir atravessar esse período, dificilmente deixará de chegar ao fim do mandato.

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Desemprego é parte do projeto Temer



Desemprego de janeiro atingiu recorde histórico, segundo o IBGE. Está em 12,6%. Os mais atingidos são as mulheres, a população negra e a juventude.
Parabéns ao governo Temer por mais essa conquista. Não, não estou sendo irônico. O aumento do desemprego comprime os salários para baixo e reduz a capacidade de resistência da classe trabalhadora. Com a "primazia do negociado sobre o legislado", então, vai ser uma maravilha para a destruição de direitos.
Não é esse o projeto do governo? Então, parabéns, está dando certo.

Nova Ordem!


Josias de Souza
– Charge do Duke, via O Tempo.

Temer responde, Padilha abandona o barco e crise aumenta pós declarações de


Para se posicionar em relação às declarações do ex-assessor especial José Yunes, que disse ter sido "intermediador" do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, o presidente Michel Temer decidiu soltar uma nota pública para reiterar que não tem participação no episódio.
“Quando presidente do PMDB, Michel Temer pediu auxílio formal e oficial à Construtora Norberto Odebrecht. Não autorizou, nem solicitou que nada fosse feito sem amparo nas regras da Lei Eleitoral", diz o texto, divulgado nesta sexta-feira, 24, pela Secretaria de Comunicação da Presidência. "A Odebrecht doou R$ 11,3 milhões ao PMDB em 2014. Tudo declarado na prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral. É essa a única e exclusiva participação do presidente no episódio", completa o texto.
Assessor especial da Presidência da República até o final do ano passado e amigo pessoal do presidente Michel Temer há mais de 40 anos, o advogado José Yunes confirmou nesta sexta-feira em entrevista à Rádio Estadão que recebeu um pacote do doleiro Lúcio Funaro, a pedido do hoje ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, um mês antes da eleição presidencial de 2014 que reelegeu a chapa Dilma Rousseff e Michel Temer, mas alegou que não viu o conteúdo. Apesar da afirmativa, Yunes negou que tenha atuado como operador dos recursos de campanha do PMDB.
"Nunca operei dinheiro de campanha para o PMDB. Nego peremptoriamente que recebi dinheiro para a campanha do PMDB", reiterou, ironizando que, se isso fosse verdade, conforme relatos de delatores da Operação Lava Jato que Padilha teria sido o destinatário de R$ 4 milhões em caixa dois para a campanha, "o dinheiro não iria em um envelope, mas num caixa forte".
Yunes disse que conversou na quinta-feira, 23, pessoalmente com o presidente Michel Temer e falou sobre o depoimento espontâneo que fez à Procuradoria-Geral da República sobre o imbróglio, em razão da delação premiada de Claudio Melo, lobista da Odebrecht, que disse que ele teria recebido dinheiro vivo em seu escritório de advocacia, em São Paulo. Segundo ele, Temer não demonstrou preocupação com o fato e lhe disse que "o melhor é sempre contar a verdade".
Diferente da aparente tranquilidade de Temer ao conversar com o velho amigo Yunes, Padilha se apressou e abandonou o barco às vésperas do carnaval. Coincidência ou não o ministro de Temer que é acusado de envolvimento com armas, trabalho escravo e ameaças de morte está de “licença informal” para fazer uma cirurgia de próstata.
Este novo episódio das tensões no governo Temer com seus ministros e acusações de corrupção, pouco antes da homologação oficial das delações da Odebrecht vir à tona, sem dúvidas atinge em cheio a já sempre vacilante manutenção do golpista impopular. Temer correu tudo que pode até aqui para garantir os ataques que possibilitaram um concenso das eleites para o manter no poder. PEC do fim do mundo, Reforma do Ensino Médio, estrangulamento dos Estados em crise... Tem cumprido bem seu papel de carrasco do povo trabalhador, legítimo golpista. Resta saber se, mesmo com a aceleração dos preparativos para mais um grande ataque com a Reforma da Previdência, seu esforço já não seja suficiente.
Temer ainda pode "errar a mão" e combinado ao avanço da crise política que atinge o núcleo duro do governo causar mais instabilidade social. Não vai ser simples passar a reforma da previdência e mesmo o plano junto aos governos dos Estados em crise para sangrar o funcionalismo, como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, pode encontrar percalços na resistência dos trabalhadores. Nos resta alentar a força da mobilização independente e unificada dos que hoje são atingidos pelos planos dos governos e empresários confiando que não será pelas mãos dos juízes arbitrários e cheios de privilégios que virá uma saída contra esse governo e seus ataques.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

A reflexão sensata de Humberto Costa


humberto costa
Senador Humberto Costa. Foto Orlando Brito
O PT nunca mais será o mesmo. Fundado com a ambição de ser o partido da retidão e da esperança foi deflorado pela empáfia de suas lideranças, a ambição de alguns de seus integrantes e a convicção sectária de que está sempre certo e os adversários sempre errados – o que justificaria os malfeitos.


Hoje, agarra-se a um discurso propagandístico monocórdio na tentativa de deslegitimar o presidente Michel Temer – que foi empossado pelo Congresso, pelo Judiciário e pelas ruas. Trata-se de um discurso único que serve como bordão político de autocomiseração e como escudo para esquivar-se do debate sobre o desastre político, econômico é ético do governo Dilma Rousseff.
Em meio à intolerância política, traço atávico das esquerdas, surge uma voz dissonante. No último fim de semana, em entrevista à revista Veja, o senador Humberto Costa exibiu sensatez.
Ele reconheceu os erros da sigla. Admitiu que a população não tolerava mais o governo Dilma (assim, como não está satisfeito com Temer), que houve corrupção e que é necessária uma autocrítica. Acha que o partido deve pedir desculpas aos eleitores.
Expôs, também, a divisão eterna da agremiação, onde as tendências (micropartidos) são institucionalizadas. Há um grupo, comodista, que prefere ficar gritando “Fora Temer” como escapatória para não encarar a realidade da sigla que se entregou ao vício da gatunagem, como demonstrou a operação Lava-Jato.
Por fim, ao condenar o “enfrentamento permanente”, propôs um caminho de volta à oposição – papel que o PT exerceu melhor do que o de situação. Para isto, em vez de ficar gritando palavras de ordem que só os esquerdistas acreditam, sugere a proposição de alternativas ao que chama de “desmonte” promovido pelo Governo Temer.
Não há indicações de que Humberto Costa será ouvido. Atitude desta magnitude não prosperará sem o aval de Luiz Inácio Lula da Silva. De qualquer jeito, trata-se de um oásis no meio da gritaria estéril e histérica dos companheiros inconsolados com o poder e as regalias perdidas.

Meirelles, mais 880 mil desempregados querem saber do “crescimento”

POR  · 

desemptrimjan17
O IBGE divulgou a taxa de desemprego do trimestre novembro-dezembro-janeiro12,6%  0,8 % a mais em relação ao período de agosto a outubro de 2016, quando a desocupação ficou em 11,8% e 3,1%maior que um igual trimestre um ano antes.
Convertendo em pessoas:são 12,9 milhões de brasileiros sem encontrar emprego, mais 879 mil pessoas em relação ao trimestre de agosto a outubro de 2016 e mais 3,3 milhões de seres humanos , se comparado a  igual trimestre do ano anterior.
Essa multidão deve estar muito curiosa em saber onde é que o Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, achou o tal “crescimento econômico” que voltou ao Brasil.
E isso é desemprego aberto, não inclui quem desistiu de procurar trabalho ou está se arranjando com “bicos” parciais.
Os números sobre estes, dados ontem a conhecer, já ficaram velhos com o resultado de janeiro, e devem passar de 25 milhões de pessoas, fácil, fácil.

Estadão: Eliseu já foi ou ainda vai?


corda
A colunista Vera Rosa, do Estadão, avisa que é provável que Eliseu Padilha não volte mais ao governo, assim que tiver alta médica, na licença providencial .
Diz ela que “assessores de Temer” espalham esta versão e “assessores de Temer” – e também ex-assessores, como é o caso de José Yunes, que se declarou “mula” de Eliseu Padilha no recebimento de  dinheiro da Odebrecht, através do doleiro de Cunha, Lúcio Funaro –  fazem e dizem o que Temer quer ou precisa que seja feito e dito.
Se não foi assim, é sinal de que a autoridade do chefe erodiu-se mais do que já parece.
Como se mencionou aqui, a gangue dos quatro tornou-se inútil – Geddel fora, Padilha quase fora e Moreira Franco, que não sabe fazer política, mas sabe fazer negócios,  tanto que foi cuidar das “parcerias público-privadas”,  colocado numa situação em que não pode desenvolver as suas conhecidas capacidades.
Como no clássico Caso dos Dez Negrinhos, de Agatha Christie:
Quatro negrinhos no mar; a um tragou de vez.
O arenque defumado, e então ficaram três.
Três negrinhos passeando no Zoo. E depois?
O urso abraçou um, e então ficaram dois.
Dois negrinhos brincando ao sol, sem medo algum;
Um deles se queimou, e então ficou só um.
Ficou só um, que no romance policial – Deus nos livre – se enforcou. Mas politicamente, pode ser, porque vão se perdendo suas forças próprias e para tudo depende do PSDB e de Meirelles.
A sobrevivência de Michel temer depende de ele ter ainda condições de entregar a reforma previdenciária que massacra os direitos sociais dos brasileiros. Ou melhor, esta é condição necessária, mas não é suficiente.
Tem de fazê-lo apesar do furor da base governista que pede mais do que ele pode dar e sinalizando a Cunha que nem tudo está perdido e que podem, ainda, ser “bons amigos”.
Há um clima bem parecido com a “suruba” delicadamente por um dos expelidos do governo, Romero Jucá.
Como se a quarta-feira de cinzas já estevesse se antecipando para a sexta-feira de carnaval.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

A perplexidade da imprensa internacional com a nomeação de Moraes para o STF



Ministro acusado de corrupção se torna juiz anticorrupção… É a perplexa manchete do Liberación, um dos principais jornais da França.
Isso é Brasil, filhos.
Talvez agora vocês, mes amis, entendam o tipo de golpe que houve aqui.
Foi sujo, muito sujo.

Fachin é derrotado e STF diz que Moro não pode investigar Sarney. Só Lula


sarneysideibem
A 2ª Turma do STF acaba de impor uma derrota acachapante ao novo relator da Lava Jato, Luiz Edson Fachin.
Contra seu relatório, quatro ministros decidiram que o ex-presidente José Sarney não pode ser julgado por Sérgio Moro, porque a delação de Sérgio Machado tem dois investigados, Renan Calheiros e Romero Jucá, com foro privilegiado.
Fachin, seguindo a linha de Teori Zavascki, queria que o processo corresse em Curitiba, com Sérgio Moro, com o compartilhamento das provas, já que Sarney não tem privilégio de foro.
Nananinanão, disseram Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Ricardo Lewandovski e Celso de Melo.
Sérgio Moro é só para Lula.
Ele não é “gente fina”, Sarney é

ALEXANDRE DE MORAIS A ALEGRIA DOS ENVOLVIDOS NA LAVA JATO


bloco
Hoje, a coluna Painelda Folha, traz uma intrigante  nota:
As perguntas encaminhadas por Eduardo Cunha a Michel Temer podem se voltar contra o ex-deputado. O Ministério Público acendeu o alerta sobre o teor dos questionamentos e entende que, se for caracterizado algum tipo de pressão, pode vir a usá-los como argumento de que Cunha ainda tenta influenciar a investigação da Lava Jato e não deve ser solto. A tese encontra eco em parte do STF que não tem intenção de libertar o peemedebista quando seu habeas corpus chegar ao tribunal.
O juiz Sérgio Moro fez escola.
Não é mais apenas ele que “não admite” que Cunha  fale qualquer coisa que possa parecer uma “prensa” sobre seu cúmplice (ao menos, político) que enverga a faixa presidencial.
Antes, com Lula e Dilma, o “algum tipo de pressão” era deixar o desgraçado preso até fazer alguma confissão que os tentasse atingir.
Agora, é deixar o desgraçado preso se ele falar alguma coisa que atinja Sua Usurpência.
Que poder teria Eduardo Cunha, sem mandato e sem poder, para pressionar o Presidente da República?
Mas parece que chegaram novos foliões ao bloco da Falação Castigada neste Carnaval, que desfila com o enredo “Não Bole com o Mordomo” e suas fantasias de capas pretas esvoaçantes.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

BRASIL TERÁ, COM TEMER, A PIOR APOSENTADORIA DO MUNDO

SENADO RECEBE 270 MIL ASSINATURAS CONTRA INDICAÇÃO DE MORAES AO STF