Translate

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Governo zera repasse para Farmácia Popular em 2016
O aperto nas contas vai atingir em cheio um dos programas prediletos da classe média na área de saúde, o Aqui Tem Farmácia Popular. A proposta orçamentária para 2016 encaminhada para o Congresso prevê repasse zero para a ação, que neste ano receberá R$ 578 milhões. Pela proposta encaminhada pelo governo ao Congresso, ficam mantidos o braço do programa chamado de Saúde Não Tem Preço (em que o paciente não precisa pagar na farmácia remédios para diabetes, hipertensão e asma) e as unidades próprias do Farmácia Popular.
 “Foi uma medida necessária”, justifica a secretária executiva, Ana Paula Menezes. A primeira versão da proposta de orçamento encaminhada para o Congresso reservava para a Saúde um total de R$ 104 bilhões. “Não era a quantia dos sonhos, mas pelo menos a gente não estava morrendo afogado”, afirma a secretária.
 Esse cenário, no entanto, mudou. A nova versão retira da área R$ 3,8 bilhões. A proposta enviada ao Congresso também enterra um acerto que havia sido feito dentro do próprio governo, para que o montante reservado a emendas parlamentares, cujo pagamento passou a ser obrigatório, fosse incorporado ao cálculo desse mínimo que o governo federal tem de desembolsar.
 Os problemas para o cálculo do orçamento na saúde não se resumem a esse ajuste, feito na primeira quinzena de setembro. Pela Constituição, tanto municípios, Estados quanto União têm reservar uma fatia mínima de seu orçamento para gastos em ações e serviços de saúde. Para o cálculo do piso federal, a regra usada até o orçamento de 2015 era: o equivalente ao que foi desembolsado no ano anterior, acrescida a variação do Produto Interno Bruto (PIB). Com a mudança, o governo federal tem de reservar para o setor o equivalente a 13,5% das receitas correntes líquidas. “Acreditamos que esse é um mecanismo de cálculo apropriado. O problema foi o comportamento da economia neste período mais recente”, disse Ana Paula.
 Se fosse aplicada a regra anterior, o mínimo para saúde neste ano seria de R$ 103,7 bilhões. Com a nova regra, o piso passa para R$ 100,2 bilhões. “Para compensar as perdas, havia ficado acertado que os recursos das emendas parlamentares, cujo gasto é obrigatório, não entrariam na conta. Mas isso mudou.”
 No formato encaminhado para o Congresso, ficam preservados os recursos para compra de medicamentos, vacinas. A opção da pasta, em vez de fazer cortes em várias ações e serviços de saúde, foi concentrar o enxugamento em dois pontos principais: farmácia popular e ações de média e alta complexidade.
 Esta última rubrica concentra todos os recursos que são repassados para Estados e municípios pagarem hospitais conveniados com o Serviço Único de Saúde (SUS), hospitais universitários, filantrópicos, Santas Casas para pagamento de procedimentos de saúde, como cirurgias, internações. Os recursos de média e alta complexidade também são usados para financiar despesas com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), serviços de análise clínica, exames de imagem.
 A escolha do setor atingido não foi sem motivo. A área de média e alta complexidade conta com uma rede poderosa de defensores tanto no Congresso quantos nos Estados e municípios. Ao mirar nesta área, o Ministério da Saúde tenta encontrar entre parlamentares, governadores e prefeitos uma rede de apoio que não encontrou dentro do próprio governo e, com isso, tentar reverter o tamanho do corte.
 Farmácia Popular

 Criado em 2006, o programa permite a compra em farmácias credenciadas pelo governo de medicamentos para rinite, colesterol, mal de Parkinson, glaucoma, osteoporose, anticoncepcionais e fraldas geriátricas. Os descontos chegam a 90%. Com a redução a zero os recursos, na prática essa política deixa de existir
Petrobras aumenta o preço da gasolina em 6% e o do diesel em 4%
A Petrobras decidiu reajustar em 6% o preço da gasolina e em 4% o preço do diesel nas refinarias. O aumento vigorará a partir da meia noite desta quarta-feira (30).
O preço nas bombas é livre e costuma ser reajustado à medida que o combustível com preço novo chegue aos postos.
Em geral, segundo o sindicato dos postos de combustíveis, o aumento de preço para o consumidor tem sido um pouco menor que o das refinarias.
A decisão foi tomada pela companhia na noite desta terça diante dos problemas de caixa da empresa após a forte alta do dólar nos últimos dias.
A estatal informou o aumento por meio de comunicado.
O reajuste é uma sinalização ao mercado de que a empresa, hoje comandada por Aldemir Bendine, tem autonomia para definir sua política de preços dos combustíveis.
"Os preços da gasolina e do diesel, sobre os quais incide o reajuste anunciado, não incluem os tributos federais Cide e PIS/Cofins e o tributo estadual ICMS", diz o comunicado da empresa.

Em 10 de setembro, a agência de classificação de risco Standard&Poor's rebaixou a nota da Petrobras, tirando dela o selo de boa pagadora.
Hoje: Paulo Câmara vai à Dilma novamente
Hoje, Dilma recebe os governadores do PSB, Paulo Câmara (PE), Rodrigo Rollemberg (DF) e Ricardo Coutinho (PB) e, desta vez, o clima  está ainda mais tenso. O que está em jogo não é apenas um pacote fiscal, mas um governo ameaçado de impeachment, um parceiro rebelde – o PMDB – com força suficiente para destruir a presidente e com as bancadas contrárias à criação de qualquer imposto e muito menos a CPMF, porque essa fatura será cobrada pelos eleitores. Em que pese qualquer gesto de boa vontade dos gestores socialistas em relação ao governo Dilma, é preciso ressaltar que o peso dos governadores sobre suas bancadas já não é tão forte.
Obsessão

Muitos socialistas continuam convictos de que o deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) será candidato à Prefeitura do Recife em 2016. E o argumento é de que o peemedebista anda desestimulado com a atividade parlamentar, embora seja um dos mais atuantes na ofensiva contra o governo Dilma.
Dilma demite ministro da Saúde por telefone
  O cargo de Chioro deverá ser ocupado por um integrante do PMDB. A mudança é um arranjo para o governo obter maior apoio no Congresso / Foto: Agência Brasil
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, foi demitido nesta terça-feira (29), por telefone, pela presidente Dilma Rousseff. A conversa, que ocorreu pela manhã, foi telegráfica. A presidente apenas informou ao ministro que precisava do cargo.
Em entrevista dada ao jornal O Estado de S.Paulo na segunda (28), Chioro havia afirmado que, qualquer pessoa que ficar à frente da pasta enfrentará, no próximo ano, uma situação difícil caso a proposta de Orçamento seja aprovada no Congresso da maneira que foi enviada. De acordo com ele, os recursos reservados para a área de média e alta complexidade pagam as despesas somente até setembro. O cargo de Chioro deverá ser ocupado por um integrante do PMDB. A mudança é um arranjo para o governo obter maior apoio no Congresso.
Menos de 12 horas depois de desembarcar em Brasília, Dilma já teve um primeiro encontro com seu vice, Michel Temer, na manhã desta terça-feira, 29. Os dois tiveram uma rápida reunião no Palácio do Planalto para conversar sobre a reforma ministerial.
Para superar o impasse com o PMDB, a presidente sinalizou que estaria disposta a dar sete ministérios à sigla. Até agora, ela trabalhava com o número de seis pastas. Assim, ficaria mais fácil atender à demanda dos deputados peemedebistas, que exigem comandar dois ministérios, além da bancada do partido no Senado e do grupo do vice.
No encontro, Dilma garantiu a Temer que quer prestigiar todas as alas do PMDB na reforma e disse que foi aconselhada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros aliados a ampliar o espaço da legenda no governo.

Segundo auxiliares de Temer, ele saiu convencido de que a presidente está disposta a resolver o problema com o PMDB e a contemplar todo o partido na reforma ministerial
Ex-prefeita de Bezerros-PE é presa pela Polícia Federal
Ela é o marido já tinham sido presos em 2012, acusados de compra de votos, posse ilegal de arma e criação de animais silvestres sem autorização do Ibama
A ex-prefeita de Bezerros, Elizabete Maria Silva de Lima, conhecida como Bete de Dael, de 53 anos, foi presa nessa terça-feira (29) em cumprimento ao mandado de prisão preventiva expedido pela 35ª Zona Eleiortal. Bete de Dael foi presa durante uma reunião do Clube de Diretores Lojistas de Bezerros. A prisão foi realizada por equipes da Polícia Federal.
Em nota, a PF informou que “a ex-prefeita teria faltado a audiências que tinha se comprometido a comparecer bem como testemunhas afirmam que foram pressionadas a mudar o depoimento que haviam prestado na época de sua prisão.” Bete havia sido presa pela primeira vez em junho de 2012, suspeita de distribuir cestas básicas e dar dinheiro aos eleitores em troca de promessas de votos, inclusive com as pessoas informando o número do título de eleitor, o que configuraria a prática de crime eleitoral pela compra de votos.

Após exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal (IML) em Caruaru, também no Agreste, a ex-prefeita foi conduzida à Colônia Penal Feminina no Bom Pastor, no Recife, onde ficará à disposição da Justiça Federal.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Desemprego sobe a 8,6% no trimestre encerrado em julho, o maior desde 2012


O desemprego no trimestre encerrado em julho subiu a 8,6%, o maior registrado desde o primeiro trimestre de 2012, quando o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) começou a realizar a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua Mensal. A pesquisa foi divulgada nesta terça-feira (29).
Os indicadores da Pnad Contínua Mensal usam dados de trimestres móveis, ou seja, de três meses até a pesquisa. A de julho, por exemplo, leva em conta dados de maio, junho e julho. 
De acordo com o instituto, em um ano, o desemprego subiu 1,7 ponto percentual, passando de 6,9% para 8,6%. No trimestre anterior ao encerrado em julho de 2015, a taxa registrada era de 8%.
O IBGE estimou que 8,6 milhões de pessoas estavam desempregadas no trimestre encerrado em julho. Três meses antes, esse número era de 8 milhões, um aumento de 7,4% (ou 593 mil pessoas). Em um ano, o aumento foi de 26,6%, ou 1,8 milhão de pessoas a mais procurando emprego.
O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados. A Pnad Contínua usa dados de 211.344 domicílios particulares permanentes distribuídos em cerca de 3.500 municípios. 

Cai número de empregados com carteira assinada

O número de trabalhadores do setor privado com carteira assinada caiu 0,9% em três meses (337 mil pessoas), e 2,5% em um ano (927 mil). 
Em um ano, o número de empregadores cresceu 8,1% e o de trabalhadores por conta própria subiu 4,2%.

Rendimento médio sobe em um ano

O rendimento médio real (ajustado pela inflação) dos trabalhadores cresceu 2% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, chegando a R$ 1.881. O rendimento teve leve queda em relação ao trimestre anterior, quando era de R$ 1.897, mas o resultado é considerado estável pelo IBGE.
Os trabalhadores domésticos e funcionários públicos tiveram quedas em seus rendimentos em três meses, de 1,6% e 1,8%, respectivamente. Empregados com e sem carteira assinada, empregadores e pessoas que trabalham por conta própria não tiveram variação no rendimento. 
Em um ano, apenas o rendimento dos trabalhadores do setor privado com carteira assinada variou, com alta de 2,9%.
A massa de rendimentos reais, que é a soma do rendimentos de todos os trabalhadores, ajustada pela inflação, foi estimada em R$ 167,8 bilhões, com alta de 2,3% em um ano, mas ficando estável em três meses.

IBGE tem duas pesquisas de emprego

Além da Pnad Contínua, o IBGE divulga mensalmente outra pesquisa de emprego, a PME (Pesquisa Mensal de Emprego), que usa dados de seis regiões metropolitanas do Brasil: Recife, Belo Horizonte, São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Segundo a PME, o desemprego em julho foi de 7,5%.
Na última PME, com dados de agosto e que foi divulgada na semana passada, o desemprego registrado foi de 7,6%, oitavo mês seguido de alta, e a maior taxa para agosto desde 2009. 
Agosto também teve corte de vagas com carteira assinada. Foram 86.543 postos de trabalho a menos, segundo o Ministério do Trabalho, baseado em dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Foi o quinto mês seguido com fechamento de vagas
SE CADA BRASILEIRO PUDESSE PORTAR UMA ARMA ISSO COMBATERIA O CRIME?






É evidente que a violência é uma das maiores preocupações da sociedade brasileira, principalmente nos grandes centros urbanos. Embora alguns indicadores tenham tido evolução positiva, os índices de violência ainda assombram nossa população. Apesar das controvérsias sobre as estatísticas e os resultados das diversas políticas públicas setoriais, a estratégia de desarmamento adotada pelo Brasil é considerada exitosa e se tornou referência mundial.
Diante da percepção generalizada de que segurança pública vive um quadro grave e da ocorrência corriqueira de crimes graves, determinados segmentos da sociedade e do Congresso Nacional apontam o armamento da população como um dos caminhos para o enfrentamento do avanço da criminalidade.
Interesses econômicos da indústria de armas e munições impulsionam a discussão. Mas os setores que defendem a revogação do Estatuto se inspiram fundamentalmente em duas vertentes. A primeira, de natureza filosófica, propugna, dentro de uma visão liberal radical, que o Estado não deve tutelar os cidadãos que têm o direito de arbitrar livremente sobre a compra e posse de armas. Outra vertente, menos sofisticada, enxerga a arena de confrontação com o crime organizado ou não, como uma “lei da selva”, um “olho por olho, dente por dente”, a justiça sendo praticada com as próprias mãos, sendo absurdo coibir a possibilidade da autodefesa do cidadão.
Ocorre que instituições especializadas, como o Exército, as Polícias Militares, a Polícia Federal e setores da Polícia Civil, não enxergam na autodefesa estratégia eficaz para o combate a criminalidade, tanto que não recomendam aos leigos reagir em caso de serem abordados por criminosos. O criminoso tendo pouco a perder e tendo em geral índole violenta sempre leva vantagem sobre o cidadão.
Embora não seja um especialista em segurança, das discussões havidas na comissão, AFIRMO que a banalização do acesso às armas, com a verdadeira revogação da atual política, não só será ineficaz no combate ao crime, como aumentará o número de eventos de homicídios e atentados contra a vida por motivos banais (crimes passionais, brigas de trânsito, violência em boates, confronto de gangues de jovens etc.).
Por isso, nesta semana, tentaremos derrotar o relatório do deputado Laudívio Carvalho que vai na direção da revogação do Estatuto de Desarmamento e aprovar o voto em separado proposto pelo deputado Subtenente Gonzaga, que aprimora a legislação, sem jogar fora o avanço inegável da política de controle sobre a aquisição, posse, porte e circulação de armas de fogo e munições

Criança é flagrada furtando celular em galeria de lojas em Caruaru; vídeo


Criança furta aparelho de celular em galeria de lojas / Foto: Reprodução.
Criança furta aparelho de celular em galeria de lojasFoto: Reprodução.
Uma criança foi flagrada por câmeras de segurança furtando um aparelho celular nessa segunda-feira (28) em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. Pelas imagens, é possível ver o momento em que a menina, de idade não informada, pega o celular e coloca dentro da roupa. Outra criança, que está ao lado da menina, participa da ação. O furto ocorreu em uma galeria de lojas na Rua Quinze de Novembro, no centro da cidade.

As duas crianças saem da loja com o aparelho celular. Os funcionários da loja só perceberam o furto momentos depois. O Conselho Tutelar foi acionado e deverá buscar as crianças e identificar a situação em que elas vivem. A Polícia Civil registrou o caso e deve investigar se as crianças obedeciam ordens de adultos

Ministro garante; proibição de doações de empresas a partidos vale para 2016 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fachin defendeu hoje (28), em entrevista ao programa Brasilianas.org, da TV Brasil, que a proibição da doação de empresas a partidos políticos já está valendo para as próximas eleições, em 2016, conforme a decisão tomada pelo STF no dia 17 de setembro último. O ministro Gilmar Mendes defende que a Corte retome o debate e defina a vigência da decisão.
"Eu estou subscrevendo o entendimento de colegas ministros daqui da Corte que, na sua composição majoritária, pelo menos até o presente momento, entendem que essa decisão já é aplicável para as próximas eleições. A decisão tomada aqui é uma decisão já publicada e que está já surtindo os seus efeitos", disse Fachin.
O ministro explicou que agora caberá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) regulamentar a decisão, decidindo como será aplicada e quais serão os mecanismos de fiscalização e controle para o seu cumprimento. A decisão foi consequência de uma ação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que questionou artigos da lei dos Partidos Políticos e da lei das Eleições. O ministro Luiz Edson Fachin foi empossado no STF em junho deste ano, ocupando a vaga deixada pelo ministro Joaquim Barbosa, que se aposentou em julho do ano passado. Fachin foi indicado para o cargo pela presidenta Dilma Rousseff.
Durante a entrevista, indagado se o STF está tomando posições mais liberais em comparação a um Congresso Nacional mais conservador, tratando de questões, por exemplo, como a descriminalização das drogas, ele disse que é importante que o tribunal atue para garantir espaços de liberdade individual em conformidade com a Constituição.
Disse, no entanto, que não cabe ao Judiciário interferir no Legislativo e que questões do outro poder são tratadas quando há descumprimento, seja da lei, seja do regimento interno. "Ai o Judiciário pode e deve examinar para que a Constituição seja cumprida

Comandante do Exército aos golpistas: NÃO VAI TER GOLPE MILITAR

EB

Em entrevista dada ontem ao Correio Braziliense, o  Comandante do Exército, general  Eduardo Dias da Costa Villas Bôas fez o que se espera de um chefe militar moderno e inteligente. Sem grosserias ou oportunismo, defendeu o papel das Forças Armadas na vida nacional, alertou para os perigos de perder-se, com a crise, o avanço organizacional e tecnológico dos programas militares, manifestou disciplinadamente os problemas materiais de tropa e equipamento e, num recado político que não podia ser mais claro, disse que os compromissos da Força são com a estabilidade, a legalidade e a legitimidade em suas ações.

O arremate foi enfático: “Não há a menor hipótese de os militares virem a tomar o poder novamente.” Nada de conversas maquiadas, hipóteses genéricas, afirmações transversas: “Não, não e não. Nenhuma (possibilidade).

A entrevista aos repórteres  Ana Dubeux, Carlos Alexandre,Leonardo Cavalcanti e Nívea Ribeiro foi republicada , na íntegra,pelo site Defesanet e merece ser lida inteirinha. Não é conversa de “militar político”, mas é infinitamente superior porque é de militar com estratégia na cabeça e estratégia desenvolvimentista , com olho na unidade nacional.

“Da década de 1930 até a década de 1980, o Brasil foi o país do mundo que mais cresceu. Tínhamos uma ideologia de desenvolvimento e, mais importante, tínhamos um sentido de projeto. Nas décadas de 1970 e 1980, cometemos o erro de permitir que a linha de fratura da Guerra Fria passasse dentro da nossa sociedade. E, com isso, nos desestruturamos. Perdemos a coesão nacional. Perdemos o sentido de projeto, e o Brasil anda meio à deriva. Não sabe exatamente o que ser.” 

Se possível, tratei em outros posts novos trechos, tratando das questões de reaparelhamento das Forças Armadas e dos perigos que corremos de desfazer todos os avanços obtidos desde que o estabelecimento da Estratégia Nacional de Defesa definiu papel e objetivo de nossas instituições militares. Que é importantíssimo para a afirmação do Brasil, para a questão da defesa de nossas riquezas, pelo suporte ao funcionamento das instituições de segurança civis e, sobretudo, porque não se consegue ser um grande país sem grandes forças de Defesa, sem as quais será, no máximo, um servo de luxo de outro.

Só os míopes e os rancorosos – e alguns, claro, mal-intencionados, que exploram ressentimentos  para manter preconceitos militares contra a esquerda, o que sempre foi a tática de nossos dominadores  – acham que a experiência de 1964 é a tradição do Exército e se recusa a ver nos militares mola e alavanca do desenvolvimento brasileiro.

Abaixo, o trecho que selecionei da entrevista do General Vilas-Bôas:

(Há) uma crise claramente econômica. Mas há uma crise política. Há risco de instabilidade? Há preocupação do Exército nesse sentido? 
 
Há uma atenção do Exército. Eu me pergunto: o que o Exército vai fazer? O Exército vai cumprir o que a Constituição estabelece. Não cabe a nós sermos protagonistas neste processo. Hoje o Brasil tem instituições muito bem estruturadas, sólidas, funcionando perfeitamente, cumprindo suas tarefas, que dispensam a sociedade de ser tutelada. Não cabem atalhos no caminho.
O que acha dos manifestantes que defendem intervenção militar? 
 
É curioso ver essas manifestações. Em São Paulo, em frente ao Quartel-General, tem um pessoal acampado permanentemente. Eles pedem “intervenção militar constitucional” (risos). Queria entender como se faz. Interpreto da seguinte forma: pela natureza da instituição, da profissão, pela perseguição de valores, tradições etc. A gente encarna uma referência de valores da qual a sociedade está carente. Não tenho dúvida. A sociedade esgarçou seus valores, essa coisa se perdeu.
Essa é a principal motivação de quererem a volta dos militares. Mas nós estamos preocupados em definirmos para nós a manutenção da estabilidade, mantendo equidistância de todos os atores. Somos uma instituição de Estado. Não podemos nos permitir um descuido e provocar alguma instabilidade. A segunda questão é a legalidade. Uma instituição de Estado tem de atuar absolutamente respaldada pelas normas em todos os níveis. Até para não termos problemas com meu pessoal subordinado.
Vai cumprir uma tarefa na rua, tem um enfrentamento, fere, mata alguém, enfim… não está respaldado. E aí, daqui a pouco, tem alguém meu submetido na Justiça a júri popular. Terceiro fator: legitimidade. Não podemos perder legitimidade. O Exército tem legitimidade por quê? Porque contribui para a estabilidade, porque só atua na legalidade. Pelos índices de confiabilidade que a sociedade nos atribui, as pesquisas mostram repetidamente, colocam as Forças Armadas em primeiro lugar. E, por fim, essa legitimidade vem também da coesão do Exército. Um bloco monolítico, sem risco de sofrer qualquer fratura vertical. Por isso as questões de disciplina, de hierarquia, de controle são tão importantes para nós. O Exército está disciplinado, está coeso, está cumprindo bem o seu papel.
 
O Exército está atento. Está preocupado? 
 
Claro, porque a situação tem reflexos. Vejam o problema que nós temos no Orçamento.
 
Mas o eco das ruas se espelha em algum momento dentro da tropa? 
 
Sim. No Exército Brasileiro, só tem brasileiros. Estamos vendo a sociedade. Isso nos aflige, afeta, angustia, provoca ansiedade, frustrações da mesma forma.
 
Existe alguma possibilidade de os militares voltarem ao poder em determinado momento? 
 
Não, não, não. Nenhuma.
 
Por quê? 
 
Porque o que nos baliza é o que está na Constituição. Não há a menor hipótese de os militares virem a tomar o poder novamente

GRANDES JURISTAS FORAM CONTRATADOS PARA DAREM PARECERES SOBRE A CASSAÇÃO DE DILMA

Advogados de Dilma Rousseff contrataram pareceres de grandes juristas para rebater os que defendem o impeachment. É o que afirma a colunista Mônica Bergamo. Dalmo Dallari, Fábio Konder Comparato, Celso Antonio Bandeira de Mello e Pedro Estevam Serrano defendem a tese de que ela não pode ser responsabilizada por atos cometidos antes de assumir o mandato.
Em conversa recente, o ex-presidente Lula e o ex-ministro Nelson Jobim, da Defesa, discutiram os desfechos possíveis para a crise política.
De acordo com a colunista, Jobim disse a Lula acreditar que a chance de cassação da chapa Dilma/Michel Temer pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) é remota.
Também avalia que o impeachment ainda é improvável por não haver fundamento jurídico, hoje, para o afastamento. O ex-presidente acredita que, apesar dos pesares, o governo ainda tem força para garantir os 172 votos necessários para barrar o impedimento de Dilma.
O tucano Geraldo Alckmin seria aliado oculto do governo. Se a chapa de Dilma for afastada, a convocação de eleições em 90 dias, facilitaria o caminho para Aécio Neves (PSDB-MG). Se Temer assumir a Presidência, o peemedebista ameaçaria a liderança do governador em São Paulo, fazendo o PMDB abocanhar mais espaços em território que o PSDB considera sagrado.
A solução, segundo Jobim, seria Dilma nomear um ministro da Casa Civil forte, que "sentasse na cadeira". A reforma, no entanto, aponta para a direção oposta

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Ex-prefeita de Bom Jardim (MA) se entrega à PF após 39 dias foragida



  • Arquivo pessoal/Facebook
    Lidiane postava fotos de viagens, festas, carros e roupas caras nas redes sociais
    Lidiane postava fotos de viagens, festas, carros e roupas caras nas redes sociais
A ex-prefeita de Bom Jardim (MA), Lidiane Leite da Silva (sem partido), se apresentou na superintendência da Polícia Federal em São Luís, no início da tarde desta segunda-feira (28). Ela chegou ao local acompanhada de advogados e entrou pelos fundos do prédio. A prefeita estava foragida havia 39 dias.
Lidiane deve prestar depoimento e passar por exame de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal) de São Luís. Ela ficará detida na sede do Corpo de Bombeiros.
Ela é acusada de desviar recursos destinados à merenda escolar, reforma e construção de escolas no município. Após assumir o cargo, a prefeita costumava esbanjar bens e viagens.
Lidiane postava fotos de viagens, festas, carros e roupas caras nas redes sociais e ainda desdenhava de quem questionava seu poder aquisitivo. Em 2012, ela declarou à Justiça Eleitoral que não possuía bens.
Lidiane foi cassada do cargo no começo do mês, quando os vereadores realizaram sessão e entenderam que a perda o cargo ocorreria porque a Lei Orgânica do município diz que o prefeito não pode se afastar por mais de dez dias sem comunicar a Casa.

Histórico

Lidiane estava foragida desde o último dia 20, quando a polícia deflagrou a operação Éden. Foram presos o ex-marido dela e ex-secretário de Assuntos Políticos, o fazendeiro Humberto Dantas dos Santos, e o ex-secretário de Agricultura Antônio Gomes da Silva.
Desde que assumiu o cargo, em 2013, a prefeita de Bom Jardim respondeu a pelo menos oito ações civis na Justiça do Maranhão. Uma delas resultou no afastamento da gestora, em dezembro de 2014, devido ao descumprimento de ordens judiciais relativas à regularização das aulas na educação infantil e fundamental, fornecimento de merenda e transporte escolar, motivadas pelas ações ajuizadas pela promotoria de Justiça de Bom Jardim.
O MP-MA (Ministério Público do Maranhão) diz que os alunos das escolas municipais eram dispensados mais cedo das aulas por falta de merenda. Também há queixas de falta de transporte escolar.
Ao assumir o cargo, a prefeita demitiu 300 professores. O MP prepara uma ação pedindo a interdição judicial do município de Bom Jardim.

Outro lado

Em entrevista ao UOL, o ex-advogado da prefeita, afirmou que ela tem recursos próprios para justificar a vida de luxo que vive e negou que ela tenha usado qualquer recurso público em benefício particular. Segundo ele, o salário de R$ 12 mil da prefeitura, os bens deixados pelo ex-marido e um "namorado rico" explicam a qualidade de vida da prefeita.
Carvalho disse ainda que a prefeita era casada com "um homem bilionário" e, antes de assumir o cargo, já andava em carros de luxos e tinha uma vida "confortável".
A defesa da prefeita afirmou ainda que o mandado de prisão contra ela é "desnecessário" porque ela "não atrapalhou as investigações"
saúde

Obeso ou acima do peso? Veja respostas que a balança não dá para você



Você sabia que estar acima do peso não é necessariamente ser obeso?
Excesso de peso é quando alguém que tem um IMC (Índice de Massa Corpórea) entre 25 e pouco menos de 30. Obeso é alguém que tem um IMC acima de 30. Para calcular este índice, deve-se dividir o peso (em quilos) pela altura (em metros) ao quadrado. Por exemplo: para uma pessoa com 1,70 m de altura e 70 kg, o IMC é 70/ (1,70 x 1,70) ou seja, 24,2.
"Uma pessoa que tem apenas excesso de peso pode estar inchada, com problemas renais ou cardíacos, usando medicamentos como corticoides ou apenas ser musculosa", diz Claudia Cozer, médica endocrinologista e coordenadora do Núcleo de Obesidade e Transtornos Alimentares do Hospital Sírio-Libanês.
É comum ouvir que gordura extra é falta de determinação e até mesmo preguiça. Mas obesidade não pode ser "curada" com dietas. "Obesidade não tem cura. Tem controle. Por isso dietas são usadas por períodos temporários. Elas cansam, enjoam. Temos que fazer reeducação alimentar, saber comer, comer de tudo e não tudo", diz Cozer.
Obesidade tem uma série de causas, fatores genéticos, ambientais, emocionais. Filhos de pais obesos têm maior chance de serem obesos na vida adulta. "Quando os dois pais são obesos, a chance da criança se tornar obesa é de 75%", afirma o endocrinologista Paulo Rosenbaum do hospital Albert Einstein.
Não é apenas o excesso de peso que pode ser generalizado, mesmo a obesidade não é sempre igual. "A obesidade sozinha, dependendo da genética, pode se manifestar de formas diferentes. Existem ganhos de pesos que não levam a outras doenças, alguns levam a problemas ortopédicos e outros levam a problemas metabólicos como diabetes", diz o cirurgião Ricardo Cohen, coordenador do Centro de Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e atual presidente do Conselho Consultivo e Fiscal da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.

Fitch; brasil não vai perder selo de bom pagador


 
O diretor-geral da agência de classificação de risco Fitch, Rafael Guedes, sinalizou nesta segunda-feira que a agência não deve retirar do Brasil o selo de bom pagador no próximo movimento sobre a nota do país. Ele afirmou que, "historicamente", a Fitch não corta notas em dois degraus.
A agência classifica o Brasil como "BBB", ou seja, dois degraus acima do nível especulativo. Guedes, acrescentou, no entanto, que a Fitch pode tomar decisões em intervalos mais curtos do que as outras agências.
No começo do mês, outra importante agência, a Standard & Poor's (S&P), cortou a nota do país para grau especulativo, levantando temores de que as outras agências poderiam seguir a mesma tendência. 
Por enquanto, o Brasil ainda tem o selo de bom pagador pela classificação da Fitch e da Moody's.
A perda do grau de investimento por uma segunda agência de classificação de risco provocaria uma saída de recursos de fundos cujo mandato permite aplicar em países que tenham grau de investimento de pelo menos duas agências. Nas contas do Ashmore Group - fundo dedicado a mercados emergentes -, essa fuga seria da ordem de US$ 8 bilhões. Nessa conta entram diversos ativos, como ações, bônus de empresas, títulos do governo e fundos no exterior lastreados em ativos brasileiros, como os ETFs.

Avaliação de agências indica risco de calote aos investidores 

Um governo consegue dinheiro vendendo títulos no mercado. Os investidores compram papéis com a promessa de receberem o dinheiro de volta no futuro com juros. Quando um governo tem avaliação ruim, considera-se que há risco de dar um calote e não pagar esses investidores. 
Se houver desconfiança sobre essa devolução, fica difícil conseguir vender esses títulos, e o país tem de pagar mais juros aos investidores para compensar o risco maior. O país com mais confiança são os EUA.
O chamado grau de investimento indica aos investidores que uma economia tem baixo risco de dar calote, e que as aplicações financeiras feitas por investidores estrangeiros nesse país terão risco próximo a zero.

Cunha vai despachar pedidos de  impeachment

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse, hoje, que vai despachar alguns pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff nesta semana. Os pedidos foram apresentados por integrantes da oposição e cabe ao presidente da Câmara aceitar ou rejeitar. Caso ele aceite, uma comissão especial e criada para deliberar sobre o processo de impeachment. Cunha deu a declaração no Rio de Janeiro, ao ser questionado por jornalistas sobre o tema. Ele foi à cidade participar de evento na Assembleia Legislativa.
"Eu vou despachar alguns [pedidos de impeachment] e isso é parte do juízo decisório que estamos fazendo", afirmou o presidente da Câmara. Os jornalistas então perguntaram quando. "Nesta semana. Esta semana já despacho alguns", completou Cunha.
No início de agosto, ele arquivou quatro pedidos de abertura de processo de impeachment da presidente, por não cumprirem requisitos formais.