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domingo, 27 de setembro de 2015

 Mercosul e UE perto de um acordo




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Após 15 anos de idas e vindas nas negociações com vistas a um acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, o Brasil e seus parceiros de bloco praticamente concluíram os entendimentos sobre a proposta comum que será apresentada aos europeus.  Com isso, já no próximo mês de outubro deve acontecer uma promissora troca de ofertas entre os dois blocos, informa com exclusividade ao 247 o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Armando Monteiro.
Na semana passada o Brasil e seus pares do Mercosul conseguiram finalmente acertar os ponteiros quanto às divergências que impediam o fechamento da proposta de preferências tarifárias a ser apresentada à União Europeia.  As maiores dificuldades, como é sabido, vinham sendo apresentadas pela Argentina. O Brasil fez um esforço diplomático para demonstrar ao parceiro que tal postura, impedindo o avanço de acordos,  numa época em eles se tornaram estratégicos para o comércio internacional,  acaba fortalecendo internamente, no Brasil, os críticos do Mercosul e os argumentos a favor de sua extinção ou flexibilização;
As negociações entre o Mercosul e a União Europeia foram lançadas numa reunião de cúpula entre chefes de governos dos paises dos dois blocos, no Rio de Janeiro, em 1999.  Nestes anos todos, entretanto, nenhum deles conseguiu apresentar ao outro uma proposta de preferências tarifárias objetiva, que permitisse o avanço das negociações rumo a um acordo de livre comércio entre duas regiões do mundo que já têm um grande fluxo comercial, afora identidades políticas e culturais.   “Nunca estivemos tão próximos de uma troca de propostas com vistas à celebração de uma acordo tão importante para as economias das duas regiões”, diz o ministro, otimista com a evolução.
Recuperando o mercado colombiano
Voltando de Nova York, a próxima viagem internacional da presidente Dilma será à Colômbia, para onde ela embarca na segunda-feira, dia 5. Será  uma visita de Estado que os dois paises consideram da maior importância para as relações bilaterais.  Entre os muitos pontos da agenda da visita destaca-se, para o Brasil, o esforço para recuperar a fatia que o país perdeu no mercado colombiano de automóveis.
Os carros importados do Brasil já representaram 20% do mercado colombiano, diz o ministro Armando Monteiro. Por uma série de razões, entretanto, hoje a participação brasileira está reduzida a 3%.  A Colômbia, diz ele, tem um mercado não desprezível de 400 mil carros/ano.  O Brasil, que exportava de 60 a 80 mil carros anualmente para o vizinho, hoje vende no máximo 10 mil por ano. “Vamos firmar um acordo inicial que será o primeiro passo para a recuperação”, diz ele.
O acordo que será assinado durante a viagem de Dilma preverá o aumento gradual das exportações com tarifa zero, permitindo que já no ano que vem o volume atual de exportações possa duplicar ou triplicar. Os números ainda estão sendo negociados

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