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sexta-feira, 1 de julho de 2016

SDS confirma envenenamento de Paulo César Morato


foto-montagem

A Secretaria de Defesa Social (SDS) confirmou, na tarde desta quinta-feira (30), o envenenamento do empresário Paulo César Morato, que era foragido da Operação Turbulência, e que foi encontrado morto em um motel em Olinda, Região Metropolitana do Recife.
De acordo com as informações da nota oficial da SDS, Paulo Morato teve intoxicação exógena (envenenamento), em um exame de histopatologia. O documento cita efeitos do organofosforado, popularmente conhecido por chumbinho.
A nota oficial informa ainda que resta ser concluída a perícia das imagens do circuito interno e esclarecer detalhes sobre o local da morte. Por conta disso, ainda serão necessários 10 dias para a apresentação do laudo final.
sds nota
A ação da Polícia Federal foi para desarticular um esquema de lavagem de dinheiro que supostamente abasteceu campanhas do ex-governador Eduardo Campos (PSB). A investigação começou no início do ano, com a apuração sobre a compra do jatinho usado pelo socialista na campanha presidencial de 2014. Eduardo morreu na queda do mesmo avião.
De acordo com funcionários do motel, o empresário deu entrada por volta do meio-dia ainda do dia 21, poucas horas após o cumprimento dos outros quatro mandados de prisão preventiva. Mais de vinte e quatro horas depois, sem conseguir contato com ele, a administração chamou a Polícia Militar. Até então não se sabia que Morato era procurado pela Polícia Federal.
Em vídeo, o gerente de Comunicação da SDS, Otávio Peres Toscano, confirma o envenenamento por veneno para matar rato (chumbinho):
Em nota a Polícia Federal afirma que o caso continua com a Polícia Civil; confira na íntegra:
Após divulgação do Exame de DNA, Histopatógico e Toxicológico nas vísceras de Paulo Morato cuja conclusão apontou para o envenenamento e ainda não ter sido concluído as outras perícias e resultado final das investigações por parte da Polícia Civil relatando se a substância que o vitimou foi ingerida por ele mesmo ou provocada por alguém, o caso ainda continua sob o comando e afeto única e exclusivamente à Polícia Civil.
Apontado como ‘testa de ferro’ da organização, Morato era o dono da Câmara e Vasconcelos Locação e Terraplanagem, empresa que recebeu R$ 18,8 milhões da construtora OAS. Para a Polícia Federal, há indícios de que o dinheiro tenha sido desviado das obras da Transposição do Rio São Francisco supostamente para a campanha presidencial de Eduardo Campos.
Quatro empresários chegaram a ser presos no dia em que a Operação Turbulência foi deflagrada. Todos eles estão no Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife. A defesa de três deles – Apolo Santana Vieira, João Carlos Lyra de Melo Filho e Eduardo Bezerra Leite- entrou com pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5). O caso de Apolo deve ser apreciado pelo desembargador Ivan Lira, enquanto o dos outros dois foi remetido ao Ministério Público Federal (MPF).
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