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quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Em Pernambuco, Dilma diz que enverga, mas não quebra

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Por Cássio Oliveira, repórter do Blog
Durante entrega da 2ª Estação de Bombeamento do Projeto de Integração do Rio São Francisco em Floresta, no Sertão de Pernambuco, a presidente Dilma Rousseff afirmou, nesta terça-feira (22), que enverga, mas não quebra.
Dilma reconheceu que o momento é difícil, mas ressaltou que vai continuar trabalhando para supera-lo. “Vivemos em um País democrático com um governo que tem um compromisso: o de superar a crise. Nada vai me demover desse caminho! Eu tenho orgulho de ter um patrimônio: meu nome, o meu passado e o meu presente. A gente pode dar até uma envergadinha, mas não quebra”, disse a presidente.
Nos últimos dias, Dilma teve sinais de recuperação, após a reprovação do seu governo cair nos últimos quatro meses. Depois de atingir 71% em agosto, o índice de desaprovação caiu por dois meses seguidos e chegou a 65% em dezembro, segundo pesquisa Datafolha. Já a porcentagem dos que consideram o governo Dilma ótimo ou bom passou de 8%, em agosto, para 12% em dezembro.
Também caiu, segundo o Datafolha, o índice das pessoas que acham que a presidente da República deve renunciar ao mandato conquistado nas últimas eleições. Em novembro, 62% dos entrevistados achavam que ela deveria deixar o cargo. Um mês depois, o número caiu para 56%.
TRANSPOSIÇÃO EM 2016
A presidente afirmou, que, apesar de qualquer dificuldade, o governo federal irá concluir a obra de integração do Rio São Francisco em 2016. “O Brasil é grande o suficiente para, ao mesmo tempo que faz equilíbrio fiscal nas contas públicas do governo, investir em obras como esta (da transposição do rio São Francisco)”, disse. “O ‘Minha Casa, Minha Vida’ é outro programa que não vamos parar de jeito nenhum”, ressaltou, citando o evento de entrega de moradias do qual participou mais cedo, na Bahia.
Também na Bahia, Dilma falou sobre a Transposição. “Eu pretendo, este ano de 2016, mobilizar todos os nossos esforços para recuperar o Rio São Francisco. E ninguém pode falar no Rio São Francisco sem falar na Bahia. A Bahia deve muito ao Rio São Francisco, o Brasil deve muito ao Rio São Francisco e nós vamos ter de devolver ao rio a vida que ele tem de ter. Eu estou comprometida com isso. O nosso País, neste ano de 2016, vai ter uma clara política para o Rio São Francisco, e eu peço aí a parceria do governador para essa nossa tarefa”.
Dilma ressaltou ainda a importância da obra de transposição do Rio São Francisco para a população do Nordeste e destacou o fato de inaugurar mais uma etapa do projeto. “A integração do rio São Francisco avança e não há nada que para esta interligação”, destacou.
A presidente ressaltou que tanto o governo federal quanto os governos estaduais garantirão que as comunidades que vivem às margens do canal tenham acesso a água. “Nós queremos que a água chegue às torneiras de todas as comunidades, das grandes às pequenas”, afirmou.
SUPERFATURAMENTO
Durante seu discurso, a presidente evitou falar sobre a operação da Polícia Federal que investiga o superfaturamento das obras de engenharia executadas por empresas em dois dos 14 lotes da transposição do Rio São Francisco.
A PF apurou que empresários do consórcio OAS/Galvão/Barbosa Melo/Coesa utilizaram empresas de fachada para desviar cerca de R$ 200 milhões das verbas públicas destinadas à transposição do Rio São Francisco, no trecho que vai do Agreste no estado de Pernambuco até a Paraíba. Os contratos investigados, até o momento, são da ordem de R$ 680 milhões.
As investigações apontaram que algumas empresas ligadas à organização criminosa estariam em nome de um doleiro e um lobista investigados na Operação Lava Jato.
Dilma retornou a Pernambuco, pela segunda vez neste mês, em meio à crise econômica e política que enfrenta, para entregar a segunda Estação de Bombeamento (EBV-2) do Eixo Leste e assinou cinco termos para construção dos Sistemas de Abastecimento de água, em Floresta.
Serão investidos R$ 285 milhões de recursos federais nas infraestruturas de abastecimento que levarão água para as comunidades rurais que vivem às margens dos canais do Projeto São Francisco.
Entre os presentes estiveram, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), senador Humberto Costa (PT) e o ministro Gilberto Occi (Integração Nacional)

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