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sábado, 28 de novembro de 2015

GRAVAÇÃO DE DELCÍDIO EMBARAÇOU ROMÁRIO COM RELAÇÃO A UMA CONTA NA SUÍÇA

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O senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), o prefeito Eduardo Paes, o senador Delcídio Amaral (PT-MS), o senador Romário (PSB-RJ) e o secretário de Coordenação de Governo da prefeitura do Rio, Pedro Paulo – Divulgação / Divulgação
Por Jamildo Melo, editor do Blog
A gravação que o filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró fez para incriminar o senador Delcidio do Amaral (PT/MS) continua causando polêmica, agora no Rio de Janeiro. Desta vez, o político chamuscado foi senador Romário, do PSB do Rio de Janeiro e atualmente um dos favoritos à prefeitura carioca em 2016. O ex-jogador se elegeu deputado federal em 2010, senador em 2014, e aspira à Prefeitura do Rio de Janeiro nas eleições de 2016.
Primeiro, a gravação levou à prisão o banqueiro carioca André Esteves e o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), além de assessores. Agora, a fita pode inviabilizar o futuro do ex-jogador, que entrou na política a pedido de Eduardo Campos.
Na gravação, o parlamentar e o advogado Edson Ribeiro sugerem que Romário fez um acordo com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), que mantém boa relação com o banqueiro preso.
Pela lógica da conversa, favorito à prefeitura carioca em 2016, Romário abandonaria seu desejo de ser candidato a prefeito para apoiar o candidato de Paes, o deputado federal licenciado Pedro Paulo Carvalho (PMDB).
Em troca de uma gorda ajuda financeira, é claro.
O caso é mencionado logo no começo da conversa. “Ai tá, pra acabar de complicar ainda mais o jogo aparece o Eduardo Paes com o Pedro Paulo, é, com o Romário”, diz Delcídio.
“Ué, fizeram acordo né?”, comenta Ribeiro. “Diz o Eduardo que fez”, afirma o senador do PT.
“Tranquilo. Tinha conta realmente do Romário”, ressalta Ribeiro. Surpreso, o filho de Cerveró questiona: “Tinha essa conta?”.
Na sequência, Delcídio conclui: “E em função disso fizeram acordo”.
O banco BTG Pactual, de propriedade de André Esteves, comprou, em julho de 2014, o suíço BSI, onde o senador Romário admitiu ter tido uma conta bancária. Um dos sócios do Banco BTG Pactual, dono do BSI, é Guilherme Paes, irmão do prefeito.
O jornalista Ricardo Noblat, do jornal O Globo, chegou a informar que “a turma de Romário começa a desconfiar” que a Prefeitura do Rio de Janeiro, comandada por Eduardo Paes (PMDB), estava relacionada com o vazamento da informação, uma vez que o ex-jogador aparecia em primeiro lugar, com cerca de 30%, nas intenções de votos para a Prefeitura do Rio.
O dinheiro no exterior foi objeto de uma polêmica reportagem na Veja, depois desmentida. Romário chegou a viajar para a Suíça e voltou com uma carta do banco abonando sua fala.

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