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quarta-feira, 28 de outubro de 2015

PAULO CÂMARA, O FREIO NA DEBANDADA DO PSB NA OPOSIÇÃO A DILMA

De Marisa Gibson, hoje na sua coluna DIARIO POLÍTICO
Contrapartida - O governador Paulo Câmara (PSB) tem recebido por parte do governo Dilma um tratamento diferenciado, e essa deve ser uma contrapartida ao fato de o PSB não ter ido formalmente para a oposição. Isso facilita muitas coisas. Ontem, por exemplo, Paulo teve três audiências na Esplanada dos Ministérios, tratando de interesses do Estado, enquanto uma quarta audiência aconteceu a convite de Ricardo Berzoini, ministro-chefe da Secretaria de Governo, para discutir, junto com outros governadores, o ajuste fiscal. O tema central dessa conversa foi CPMF. O governo federal quer o apoio de governadores e prefeitos para pressionar o Congresso a aprovar a recriação do imposto, o que, em tese, interessa a todos face à escassez generalizada de recursos.
“Ainda não tenho uma posição fechada sobre a CPMF. É um tema que precisa ser melhor debatido”, disse Paulo, sabendo que será pressionado pelos prefeitos, defensores da proposta diante da possiblidade de a arrecadação da CPMF, com a alíquota de 038%, ser dividida entre a União, estados e municípios.
Na Câmara e no Senado, porém, a conversa é outra. Deputados e senadores não querem ser responsabilizados por aumento de impostos e é aí onde pesa a posição de independência que o PSB assumiu no Congresso, distanciando-se da oposição. O fato de o partido ter feito, semana passada, um programa qualificando o governo federal de incompetente, não provocou qualquer curto-circuito entre Dilma e Paulo, que também é vice-presidente nacional do PSB.
Observa-se, portanto, três movimentos: o PSB está demarcando terreno para 2018, colocando-se como a esquerda inteligente que não vai quebrar o país como fez o PT, enquanto Paulo, no meio de campo, mantém a posição de independência do partido, que tem reflexos diretos no Congresso. Paralelamente, o governo federal abre as portas para o governador tentando conquistar votos da bancada socialista. Uma mão sempre lava a outra

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