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terça-feira, 26 de janeiro de 2016

TRE cassa mandato de governador do Amazonas

A Polícia Federal apreendeu, durante o segundo turno da campanha, quase R$ 12 mil em um comitê de campanha de Melo, em Manaus

José Melo: acusado de compra de votos e abuso de poder político
O governador do Amazonas, José Melo (Pros), e seu vice, Henrique Oliveira (SDD), tiveram seus mandatos cassados em sessão do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TER-AM) realizada nesta segunda-feira (25). As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Os juízes aceitaram, por cinco votos contra um, as denúncias de compra de voto pela campanha de reeleição do governador. A acusação foi protocolada pelo seu adversário direto, na época, Eduardo Braga, hoje ministro das Minas e Energia.
A decisão tem efeito suspensivo, o que garante a permanência de Melo no governo até o julgamento de recurso pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Melo foi acusado de se beneficiar de um esquema de compra de votos com dinheiro público obtido a partir de um contrato do governo com uma empresa de segurança durante a Copa do Mundo de 2014.
Abuso
A coligação liderada por Eduardo Braga, a “Renovação e Experiência”, denunciou José Melo, em 2015, pela compra de votos e abuso de poder político. A Polícia Federal apreendeu, durante o segundo turno da campanha, quase R$ 12 mil em um comitê de campanha de Melo, em Manaus.
A polícia encontrou também recibos que comprovariam o pagamento de benefícios em troca de votos. Ainda de acordo com a denúncia, eleitores do governador ganharam óculos, reforma de túmulos, pagamento de festas de formatura e transporte para cidades do interior do Amazonas.
Segundo os advogados de Eduardo Braga, dinheiro usado para a compra de votos saiu de um contrato fraudulento entre o governo estadual e uma firma contratada para serviços de monitoramento eletrônico na organização da Copa em Manaus.
O Estado repassou, ainda segundo a denúncia, R$ 1 milhão para a Agência Nacional de Segurança e Defesa, entidade fantasma com sede em Brasília e presidida por Nair Blair, presa pela Polícia Federal no mesmo comitê onde os quase R$ 12 mil foram apreendidos

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