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sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Temos que falar sobre a parcialidade do juiz Sérgio Moro


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chargeO juiz federal Sérgio Moro, conhecido no Paraná como ‘coronel Ustra das Araucárias’, por questões óbvias, não levou em consideração na delação do lobista Eike Batista que o PSDB recebeu a mesma quantia de recursos em campanhas eleitorais.
BBC Brasil traz reportagem nesta sexta (23) sobre a parcialidade da Lava Jato, isto é, da gincana para incriminar os petistas.
Todo cidadão tem direito a um julgamento justo. Por isso, a Constituição Federal de 1988 no 5º, §2º, recepcionou o ‘princípio da imparcialidade do juiz’ de tratados internacionais ratificados pelo Brasil.
“Apesar da citação de Eike ao PSDB, nem o empresário nem os procuradores da Lava Jato entraram em detalhes sobre estas doações durante todo o depoimento”, diz um trecho da matéria do portal britânico.
Segundo a BBC, Eike afirmou que destinou “com o mesmo volume de recursos, R$ 1 milhão, para o PT, o PSDB” na campanha eleitoral de 2006. No entanto, a força-tarefa só viu motivo para prender o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, que é petista.
Mantega foi preso ontem (22) — e solto horas depois, devido à repercussão negativa — quando acompanhava a cirurgia da mulher dele, que tem câncer.
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) entendeu a prisão do ex-ministro como uma desumana “boca de urna” do juiz Moro em desfavor do PT.
Eike não foi muito convincente ao atribuir a Mantega pedido de dinheiro para o PT, conforme relato da BBC. O lobista teria limitado a responder “isso” a uma pergunta dos procuradores da Lava Jato sobre o suposto ilícito.
Mantega frisa, por meio de advogados, que “jamais tratou com o senhor Eike sobre contribuição de campanha, sobre pagamento de despesas eleitorais” — destaca a reportagem.
Eike Batista, assim como tucanos citados, está soltinho da silva. O lobista é tratado como “delator informal” no MPF, de acordo ainda com a BBC.

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