Translate

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Lava Jato bate à porta de Renan Calheiros, 2 dias após prisão de Eduardo Cunha


  | 

moro_renanO presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), viu hoje (21) pela manhã a Lava Jato bater à sua porta. O parlamentar chegou a sentir o bafo do juiz Sérgio Moro em seu cangote.
Na manhã desta sexta (21), agentes da Polícia Federal fizeram busca e apreensão no Congresso Nacional. Quatro policiais legislativos foram presos na operação sob acusação de atrapalhar a Lava Jato.
O Senado realizou varreduras em casas de senadores e ex-senadores em busca de grampos ilegais.
Em nota, Renan defendeu a Polícia Legislativa afirmando que “atividades como varredura de escutas ambientais restringem-se a detecção de grampos ilegais”.
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que teve o serviço realizado em seu apartamento funcional e em sua residência, disse, também por meio de nota, que solicitou a varredura eletrônica formalmente após a PF faz busca e apreensão sem a presença dela e do maridoPaulo Bernardo.
As varreduras contra grampos ilegais também foram realizadas nas casas dos senadoresEdson Lobão (PMDB-MA)Collor de Mello (PTB-AL) e do ex-senador José Sarney (PMDB-AP).
A Operação da Lava Jato na “casa” de Renan Calheiros ainda sob o impacto da prisão do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, cuja superdelação premiada pode derrubar toda a cúpula nacional do PMDB.
Resumo da ópera: Brasília viu, hoje, na alvorada, uma guerra de arapongas.
Abaixo, a íntegra da nota oficial de Renan Calheiros:
Nota Pública da Presidência do Senado
A direção do Senado Federal tomou conhecimento na manhã desta sexta-feira (21) das diligências no âmbito da Polícia Legislativa. O Senado designou advogados do próprio órgão para acompanhar todos os procedimentos até a conclusão das investigações.
Convém reiterar que Polícia Legislativa exerce suas atividades dentro do que preceitua a Constituição, as normas legais e o regulamento administrativo do Senado Federal.
Atividades como varredura de escutas ambientais restringem-se a detecção de grampos ilegais (Regulamento administrativo do Senado Federal Parte II Parágrafo 3, inciso IV), sendo impossível, por falta de previsão legal e impossibilidades técnicas, diagnosticar quaisquer outros tipos de monitoramentos que, como se sabe, são feitos nas operadoras telefônicas.
Como de hábito, o Senado Federal manterá postura colaborativa e aguardará as investigações para quaisquer providências futuras.
As instituições, assim como o Senado Federal, devem guardar os limites de suas atribuições legais. Valores absolutos e sagrados do estado democrático de direito, como a independência dos poderes, as garantias individuais e coletivas, liberdade de expressão e a presunção da inocência precisam ser reiterados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário