Nada de novo no front!
Calma gente, é só um ministro!
Ledo engano quem acreditou que o presidente interino Michel Temer fosse operar algum milagre. Aliás, será que alguém acreditava nisso?
Mais ledo engano ainda quem achou que nossos problemas acabariam como se a administração Temer fosse a própria Organizações Tabajara. Ou que pelo menos fossemos enfrentar novos problemas. Pois pelo menos seriam novos problemas.
Mas não. O que vimos foi que a crise política continua dando certo. Continua a pleno vapor e produzindo a cada novo dia novas incertezas, velhos medos e deixando no ar a pergunta que nunca se calou: “O que será de nosso país com esse novo-velho-governo?”
Sinceramente não sei. Ou como disse um dia Sócrates: “Só sei que nada sei”.
Mas é claro que não poderíamos esperar que nem mal se sentou na cadeira de Ministro do Planejamento, Romero Jucá seria exonerado do cargo com apenas 11 dias.
Tudo bem que ele nunca foi flor que se cheire, mas precisava sujar o ministério assim de forma tão eficiente e rápida?
É por essas e outras que eu só vou acreditar vendo resultados. Mas que pelo visto estão longe de acontecer.
O endereço do governo mudou, mas a crise instalada no antigo mudou junto. Parece que foi criado um pacto do capeta que essa crise não larga do nosso pé. Sempre que achamos que pode piorar a coisa piora mesmo.
Só que quando a coisa vem ela vem fazendo aquele estrago. E não é qualquer estrago.
Mas não foi por falta de aviso. E é nessa hora que questionamos o quanto aprendemos com o governo do PT. Parece que não muita coisa. Mas convenhamos que nem precisava ensinar isso. Se o pretendente a ocupar o cargo de ministro do Planejamento já vinha sendo investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público pra que arriscar? Parece que a nomeação da equipe do governo virou jogo de azar. Se for escolher pela competência, garanto que existem outros competentes no mercado com a ficha limpa. Não quero dizer com isso que achava Romero Jucá competente.
Aliás, deveria ser condição “sine qua non” que para ocupar qualquer cargo de qualquer que seja o governo que a pessoa tenha ficha limpa. Caramba, se para dirigir um Uber é pedido pela empresa um nada consta, porque com político tenha que ser diferente?
Seria tão mais fácil. E a pessoa poderia ser “julgada” apenas por sua competência, pelos seus resultados. Como acontece em grandes empresas.
A pessoa é ficha suja, manda ela limpar a própria ficha e depois conversamos. Ela que se explique, que se justifique e prove que tudo o que dizem é errado.
Trabalhando dessa maneira ganharíamos em todos os sentidos. E ficaria evidente a boa intenção do governo. Pois colocando qualquer parece que o governo quer tapar um buraco a qualquer custo.
Mas quem perde é o país. Mais uma vez.
E agora com essa gravação envolvendo Jucá e o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado o tão “sonhado” governo PMDB já começa sujo e pondo em risco a possível confiança que depositavam nele e abrindo uma brecha para que essa “nova” crise atinja o Senado onde matérias importantes do tão famigerado ajuste fiscal precisam ser aprovadas.
Vai vendo! Mas não posso garantir nada inédito.
Nada de novo no front – Parte 2
Temer começa seu governo todo atabalhoado. Extingue e recria o Ministério da Cultura quase que num piscar de olhos. Foi só sofrer um pouco de protesto que ele voltou atrás. Mostrando fraqueza, incompetência e medo de bancar uma decisão já tomada.
Só reforçando um pouco e apontando um grave erro, Temer nomeou 23 ministros, sendo que dois são investigados e sete estão citados no âmbito da Operação Lava-Jato. Outros cinco – não vai perder a conta – são investigados por improbidade administrativa e outro foi condenado a ressarcir o erário por fraude em venda de maquinário, mas que com as nomeações eles passam a ter foro privilegiado. E depois falam do governo do PT, Dilma, Lula & Cia.
Não que não tenham o que falar, mas que tivessem feito o dever de casa.
Perderam a chance. Infelizmente.
Salve as baleias. Não fume em ambientes fechados. Não jogue lixo no chão.
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