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sexta-feira, 29 de abril de 2016

Em pernambuco Alunos do Curso de Formação de Oficiais cobram pagamento de bolsa-auxílio. Governo ‘brinca’ de ‘passa ou repassa’


Mal impediu a greve da Polícia Militar, Paulo Câmara (PSB) é cobrado para desatar outro nó na área de segurança: alunos do Curso de Formação de Oficiais querem o pagamento de um auxílio financeiro mensal que está atrasado desde janeiro. Além dessa reivindicação, eles pedem melhoria salarial quando se formarem. A grita geral é que assumirão suas funções iniciais com salário menor que o dos soldados, apesar de estarem acima desses na hierarquia militar.
Como o curso é no regime de internato de segunda a sexta, os alunos não podem trabalhar e dependem da bolsa de R$ 975 mensal para arcar com suas despesas. É com esse dinheiro, que não está caindo em conta, que eles saldam gastos com alimentação (café da manhã, almoço e janta) e fardamento.
O custo com o fardamento foi de R$ 2 mil, diz um aluno, sob anonimato. Isso inclui fardamento operacional, de passeio, de gala, entre outros. As despesas mensais ultrapassam o valor da bolsa-auxílio, classificada de “insuficiente”, reforça outro aluno. Sem ela, então, a situação é de penúria.
Alguns alunos não sofrem tanto com a falta de compromisso do governo estadual porque conseguem o apoio finaceiro da família. Outros passam aperto mesmo e já não sabem o que fazer.
As dificuldades são antigas. A atual turma ingressou na academia em maio de 2015 e recebeu a primeira bolsa com quatro meses de atraso. Depois a situação se regularizou. Na virada do ano, tudo se complicou novamente.
O desânimo é grande antes mesmo dos alunos do CFO se formarem e ingressarem no serviço público estadual. No dia 15 de junho, eles serão declarados aspirantes e já entram com a moral e a vontade de trabalhar abaixo de zero.
Um aluno fala que o salário líquido será de R$ 1.400,00. “Isso é menos do que ganha um soldado. Como a gente pode ser superior a um soldado, a um sargento, a um subtenente e receber menos do que o soldado?”, questiona.
Fica difícil pensar em melhorias na segurança pública quando jovens em formação militar já começam sua carreira em condições desfavoráveis

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