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terça-feira, 26 de abril de 2016

Não uso cota para fins eleitorais”, diz Silvio Costa


Deputado que gastou R$ 118 mil na compra de material de escritório, como 3 toneladas de papel e 16 mil lápis, diz que é “homem limpo” e que usa a verba da Câmara de acordo com regras da Casa

"não cometi nenhuma ilegalidade"
Em nota enviada ao Congresso em Foco, o deputado Silvio Costa (PTdoB-PE) diz que nunca utilizou verba pública para “fins eleitorais”. Como mostrou este site esta manhã, o parlamentar comprou quase 3 toneladas de papel A4 e 16.704 lápis escolares nos últimos dois anos e atribuiu o estoque à divulgação de seu mandato entre aliados em Pernambuco. “Tenho 22 anos de vida pública e desafio qualquer brasileiro ou brasileira encontrar um ‘senão’ em minha carreira política. Não tenho nenhum processo no Supremo Tribunal Federal, sou um homem limpo”, ressaltou o pernambucano no comunicado enviado esta tarde.
As toneladas de papel e os milhares de lápis são apenas dois dos 30 itens adquiridos pelo deputado desde junho de 2014. Porém, a partir de dezembro de 2012, Silvio já recebeu 37 notas fiscais emitidas por quatro empresas diferentes das cidades de Recife e Paulista, região metropolitana da capital pernambucana, totalizando-se R$ 118.756,60 em despesas. Todas as notas fiscais contendo o material de papelaria foram entregues à Câmara pelo parlamentar, que recebeu os ressarcimentos no valor integral.
Procurado antes da publicação da reportagem, Silvio Costa informou que a compra é destinada a aliados de 70 municípios de seu estado que fazem a divulgação de seu mandato, e que eles também realizam trabalhos eleitorais para sua eventual campanha a uma cadeira no Senado em 2018. “Informo que em todas as cidades onde tive mais de 100 votos existe, no mínimo, um aliado que divulga o nosso mandato e, consequentemente, faz o trabalho eleitoral”, declarou o parlamentar ao Congresso em Foco na semana passada.
Em seu gabinete estão registrados 22 funcionários, parte trabalhando em Brasília e parte em Recife, no escritório de apoio. Na nota enviada nesta terça, o deputado ressalta que o ressarcimento foi autorizado pela Câmara e está de acordo com as regras da Casa

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