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quinta-feira, 28 de abril de 2016

Lula jogou a toalha e mira votação final do parecer de Anastasia no Senado


silvio-lula
Por Jamildo Melo, editor do Blog
O deputado federal Sílvio Costa (PT do B/PE), vice líder do governo Dilma na Câmara dos Deputados, disse, nesta quinta-feira, depois de um encontro em Brasília com o ex-presidente Lula, que o petista está animado com a votação final do pedido de impeachment, no Senado.
“Este jogo será jogado em dois tempos. O primeiro tempo, na votação da admissibilidade. O segundo tempo, na votação final, daqui a uns cinco meses, quando o relator Anastasia (PSDB/MG) apresentar seu relatório final. Vai ficar mais fácil de reverter, pois os governadores não mandam nos senadores. Lula está animado”, afirmou, após o encontro.
De acordo com o deputado federal, Lula e os aliados de Dilma tem como meta agora obter o voto de mais oito senadores, nos próximos meses.
“Nós temos do nosso lado 20 senadores certos, alinhados com Dilma. Como são 81 senadores e são necessários 54 votos para aprovar o golpe, nós precisamos de apenas mais oito votos para barrar o impeachment. Tudo que nós precisamos é que a oposição não passe de 53 votos e para isto nos vamos atras de mais oito votos”, contabilizou.
Curiosamente, na estratégia de Lula, as ruas são tidas como fundamentais para a reversão do quadro do impeachment.
“O Temer vai assumir, vai ter a caneta na mão, vai ser bom para ele, mas ele também será obrigado a tomar medidas impopulares, estimulando as ruas. Com essa proteção das ruas, a nossa avaliação é de que fica mais fácil obter o voto dos senadores (em favor de Dilma)”, declarou.
Sílvio Costa contou ainda que Lula prometeu aos aliados ficar todos os dias em Brasília, nesta nova fase do governo.
No Senado, o relator do processo de impeachment reagiu ao que chamou de falsas denúncias do PT.
“Essas manobras não vão me retirar, em nenhum momento, a seriedade, a responsabilidade e a minha serenidade no exercício desta tarefa importante que o Senado, que a Comissão me atribuiu de ser o relator deste processo (de impeachment). A minha serenidade será a mesma. Isso não tem qualquer fundamento. Vamos continuar trabalhando normalmente nos prazos previstos. Quero sempre relembrar que neste processo o objeto não é análise de ações de responsabilidade de ex-governadores, ex-prefeitos ou ex-presidentes, mas da atual presidente da República”, afirmou.
“Ademais, é bom lembrar que no caso do meu governo, ele já acabou há mais de dois anos e por isso mesmo vou continuar trabalhando normalmente com muito empenho, muita dedicação e, volto a reafirmar, como disse no primeiro dia, já que antevia que poderia haver esse tipo de falsa acusação: com serenidade e responsabilidade”

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